Sargento Oliveira, cabo Angelo e soldado Guaita: exemplos de coragem e bravura 05/07/2019 - 10:30
“A gente está sempre pronto para salvar vidas”, afirmou emocionado o sargento José Maria Oliveira, bombeiro militar há 33 anos, em entrevista na solenidade alusiva ao Dia Nacional do Bombeiro, na cidade de Curitiba, capital do Paraná, na manhã desta terça-feira (02/06), na sede do Quartel do Corpo de Bombeiros.
Conhecidos como herois de farda, os bombeiros não atuam somente no combate a incêndios, o trabalho deles começa na prevenção e na educação, ao alertar, por exemplo, dos perigos do mar numa praia do litoral ou ao inspecionar se os edifícios cumprem todas as normas de segurança.
“Pensamos nos bombeiros principalmente nos momentos que nos parecem mais críticos, mas eles também atuam diuturnamente, cuidando de cada detalhe para evitar pequenos e grandes acidentes, e até mesmo desastres, sempre com muita técnica e profissionalismo”, declarou o coronel Marinho.
Salvar de afogamentos, fazer buscas a pessoas, resgatar vítimas superficialmente ou soterradas, socorrer vítimas de traumas e encaminhá-las às unidades hospitalares e, claro, combater incêndios em casas, edifícios, veículos e matas, estas são algumas das muitas missões diárias daqueles que assumem o papel e a farda de bombeiro militar.
“A gente tem orgulho do que faz”, declarou o cabo Angelo Marcos Rocha de Souza, que está no Corpo de Bombeiros há 23 anos e hoje atua no Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST). Para ele, não poderia ser diferente para um trabalho que tem como lema “Por uma vida todo sacrifício é dever”: “A gente se emociona cada vez que tem que realizar algo para o próximo, por isso, para mim, ser bombeiro é emoção”, completou.
É mais do que isso. “Afinal, por trás de cada farda, existe um filho, um pai, uma mãe, que diariamente deixa sua família para proteger centenas de outras vidas, sem saber, ao menos, se poderá vê-la novamente”, lembrou o secretário coronel Marinho. E talvez, seja esse o maior sacrifício de ser um bombeiro militar.
A soldado Jéssica Guaita teve certeza de que queria ser seguir a carreira militar quando percebeu que a profissão aliava o que ela gostava de fazer - exercícios físicos -, com algo que sonhava para a própria vida: “servir e ajudar as pessoas”.
Bombeira há quase seis anos, ela conta que se emociona a cada nova missão. “Deus criou a vida e é algo pela qual nós bombeiros juramos nos sacrificar. Quando a sirene toca, o coração bate forte, a gente não sabe o que vai acontecer. Somos bombeiros sempre, mesmo quando não estamos de farda.”
Já para o sargento Oliveira, que está há mais de três décadas na corporação, ser bombeiro é abrir mão da própria vida para se dedicar aos trabalhos que a sociedade espera da segurança pública. “É muito mais do que uma profissão, do que um sonho, é nosso ideal, com cada sacrifício feito pelo dever. Uma missão sempre é o dever, e missão dada é missão cumprida”, afirmou.
É exatamente assim que muitas crianças e jovens querem ser. O bombeiro é o heroi, aquele que chega para proteger e salvar. Para o futuro da corporação, o recado do cabo Angelo é simples: “Venha, seja bombeiro e veja que é emoção e que a coisa mais importante que uma pessoa pode fazer é o bem ao próximo”.